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Sistema bancário aberto deve reduzir custo do crédito

A partir desta sexta-feira (13), a relação dos brasileiros com os bancos vai começar a mudar, com a entrada em vigor do Open Banking.

A partir desta sexta-feira (13), a relação dos brasileiros com os bancos vai começar a mudar, com a entrada em vigor do sistema bancário aberto. Um dos efeitos práticos deve ser o custo do crédito.

O sonho do professor Flávio Apolônio e da família está sendo construído. Por enquanto, ele só vê de fora. Mas, nas próximas semanas, vai estar com a chave na mão.

“Uma conquista que nós estávamos já planejando há algum tempo e pesquisando muitos lugares até o dia que nós vimos esse empreendimento e falamos: ‘ó, vai ser agora.’ A expectativa está enorme porque dá uma vontade imensa de mudar logo”, conta Flávio.

O apartamento foi financiado, mas o banco onde Flávio tem conta quis cobrar juros muito altos. Aí, ele correu atrás de outros bancos.

Flávio: Tal dia, tal hora, eu tenho que estar no banco para conversar com o gerente. Ligava, falava: ‘Posso ir aí tal hora, tudo mais. Porque eu preciso falar com você em determinado horário’.

Repórter: Você teve que bater perna, então?

Flávio: Sim, tive que andar um pouco.

Quem pesquisa preço costuma pagar menos. Mas o preço do dinheiro – os juros – não é como o de uma roupa, um brinquedo, uma geladeira. Um banco decide se empresta e quanto cobra conforme o cliente. Depende, por exemplo, de quanto a pessoa ganha, se ela está com o nome limpo.

Os bancos precisam de informações para decidir. Pois agora, eles poderão ter essas informações com um toque nosso na tela. E a gente vai poder pesquisar o preço do dinheiro sem bater perna.

Começa a funcionar, aos poucos, no Brasil o chamado Open Banking, que pode ser traduzido como sistema bancário aberto. Os bancos estarão conectados e poderão oferecer produtos financeiros a clientes da concorrência.

Saiba o que pode acontecer com alguém como o Flávio, que procura um financiamento e já tem conta no banco A. No novo sistema, essa pessoa poderia entrar no site ou aplicativo de outros bancos, onde ela não tem conta. Escolher participar do Open Banking e digitar ali suas informações, incluindo os dados da conta no banco A.

Ao fazer isso, a pessoa autoriza esses bancos a ter acesso à situação financeira dela: quanto dinheiro tem na conta, quanto entra de salário, as prestações que paga.

Com essas informações, os bancos concorrentes poderão calcular e oferecer outras taxas para o financiamento que a pessoa procura.

“Você vai ter a possibilidade de acessar um conjunto muito maior de produtos e serviços financeiros que são oferecidos por outras instituições financeiras”, explica o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Ribeiro Damaso.

Para conseguir crédito em outro banco, dependendo do caso, nem será preciso transferir a conta.

“Hoje, o limite do cheque especial é um produto muito associado a conta corrente. Você vai poder pegar cheque especial num outro banco que vai oferecer condições melhores. Como isso vai ocorrer? Você vai dar permissão para esse outro banco acessar diariamente a tua conta corrente e verificar se tua conta corrente está positiva ou negativa; se ela está negativa, automaticamente ele vai te conceder o crédito e cobrir aquele saldo negativo que você tem. Então isso vai permitir obter uma operação de crédito num outro banco de uma forma fácil e automática utilizando a ferramenta do Open Banking”, diz Otávio Damaso.

O cliente pode compartilhar apenas parte das informações bancárias. Por exemplo: permitir que outros bancos vejam as movimentações da conta corrente, mas não as da poupança e dos investimentos. Ele também pode encerrar esse compartilhamento de informações a qualquer hora.

Nesta sexta, quando o Open Banking começar a funcionar, o sistema vai aceitar, no máximo, 0,1% dos clientes de cada banco. Esse limite vai aumentando em etapas. Até outubro, o teto vai subir para 10%.

Um sistema assim já é usado no Reino Unido. Eliezer mora lá, participa do Open Banking há três anos e pegou cartões de crédito de bancos diferentes.

“O ponto positivo é que você acaba criando um crédito melhor no teu nome, então você acaba tendo mais benefícios e propostas de créditos bancários ou financiamentos que você possa precisar”, diz o pastor Eliezer Mangrich Amancio.

Economistas acreditam que o Open Banking vai deixar produtos financeiros mais baratos. Não só financiamentos, mas, também, seguros e planos de previdência, por exemplo.

“Agora não é só a minha instituição que me conhece do ponto de vista financeiro. Qualquer outra instituição financeira vai poder competir com ofertas de crédito que possam eventualmente ser mais baratas, mais inovadoras e isso traz competição para o mercado. Traz inovação para o mercado, traz mais volume de crédito, crédito mais barato e mais pessoas acessando o mercado financeiro”, explica a economista Ana Carla Abrão.

O Banco Central, as instituições financeiras e as empresas de tecnologia envolvidas no sistema afirmam que as informações financeiras das pessoas estarão protegidas contra vazamentos.

“Uma plataforma que não seja parte do Open Banking, não seja uma instituição regulada, ela não vai conseguir por trás dessa infraestrutura conectar com o seu banco, para pedir compartilhamento dessas transações”, afirma Tiago Aguiar, líder de Open Banking da Tecban.

Fonte: Jornal Nacional

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Empresas oferecem opção de parcelar boletos: bom negócio ou cilada?

Empresas como o PicPay e o Nubank, por exemplo, oferecem função de parcelamento. Veja se vale a pena.

Aquela antiga e famosa música da cantora pop Kelly Key, que diz: “mais uma noite chega, e com ela, a depressão”, frequentemente aparece como trilha sonora de memes, por refletir bem a realidade de boa parte dos brasileiros quando o assunto são boletos.

E não é para menos. Brincadeiras a parte, 69,7% das famílias brasileiras estavam endividadas no 1º semestre de 2021, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Troque a palavra “noite”, da letra da música, por “fim do mês”, e pronto: você tem a versão ideal da canção para este ano.

Com as contas de luz cada vez mais caras, faturas do cartão de crédito chegando, idas ao mercado que deixam os bolsos vazios, entre outras situações, para os endividados parece surgir uma luz no fim do túnel quando alguém fala sobre parcelar boletos. Sim, boletos. Aquela palavra que a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) acha “cringe” (vergonhoso). 

Empresas como o PicPay e o Nubank, por exemplo, oferecem essa função.

No PicPay, o parcelamento de um boleto tem uma taxa de 3,09% calculada sobre o valor do boleto, mais 3,69% sobre cada parcela. Para realizar o parcelamento, o usuário precisa ter uma conta na plataforma e um cartão de crédito cadastrado na conta. Segundo a empresa, “há a opção de fazer o pagamento misto de um boleto: com o valor do saldo em carteira e parcelamento do restante com o cartão de crédito”.

“Neste caso, as taxas incidem sobre o valor parcelado e não sobre o montante pago com o saldo em carteira. Também é possível fazer o pagamento à vista de um boleto com o saldo existente na carteira do PicPay. Neste caso, não há cobrança de taxas, mas o parcelamento só é possível ser efetuado por meio de cartão de crédito”, afirmou a fintech em nota enviada ao CNN Brasil Business

Já o Nubank permite o parcelamento de boletos no valor de até R$ 5 mil parcelados em até 12x com juros em seu cartão de crédito. Segundo a fintech, os juros variam de 2% a 6% para pagamentos parcelados e de 0% a 6% à vista. A função está disponível “para os mais de 28 milhões de clientes” do cartão de crédito da companhia. 

No fim das contas, em qualquer plataforma o valor será parcelado no cartão de crédito. 

Vale a pena parcelar boletos?

Para Liliane Cristina Segura, coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Mackenzie, parcelar boletos só vale a pena em casos nos quais as pessoas estão devendo bastante dinheiro e não têm como pagar suas contas.

“O parcelamento é sempre uma faca de dois gumes, porque pode facilitar muito a vida de quem está endividado hoje com o cartão de crédito, por exemplo. Se ela tiver a oportunidade de parcelar outras contas sem juros, ela pode pagar essas contas de juros altos e alongar as dívidas de outras atividades com custo menor”, explica.

O parcelamento não é um bom negócio quando a dívida é baixa ou quando o indivíduo pretende parcelar a fatura do cartão de crédito, por exemplo, para poder comprar outra coisa à vista nesse período.

“Alongar a dívida quer dizer que você vai pagar mais por algo do que você pagaria inicialmente. No primeiro momento, o alongamento parece ótimo, porque dá um controle inicial, de que você vai pagar menos, mas sempre deve-se tomar cuidado porque isso pode pesar nos próximos meses. Por isso, é preciso um controle financeiro muito grande”, afirma.

Parcelar ou pagar o valor mínimo do cartão de crédito?

O seu salário caiu, a fatura do cartão de crédito fechou, você não tem dinheiro para pagá-la e com essa situação vem aquela famigerada dúvida: “pago o valor mínimo da fatura e espero o mês que vem, ou parcelo meu querido boleto?“.

A resposta, para Segura, é simples. “Se a pessoa não tem condição de pagar o total do valor, parcele. Pagar o valor mínimo faz você entrar no rotativo, com juros de 300% ao ano. Se você não tem dinheiro, negocie e parcele porque você vai ter controle sobre o que vai pagar”, diz. 

Para entender se vale a pena parcelar um boleto pelo PicPay, pelo Nubank ou direto em sua instituição bancária, vale pegar a calculadora e entender qual das opções vai te fazer gastar menos dinheiro a longo prazo e que não fará a dívida de agosto se juntar à de setembro, criando uma bola de neve de contas a pagar.

“Sempre alongue a sua dívida no que custar menos. E não utilize o parcelamento para gastar mais dinheiro do que você tem. Lembre-se que parcelamento tem custo e aumenta a sua dívida no futuro”, diz. 

Segura explica que o planejamento financeiro é o caminho para não entrar e também para sair de problemas com dinheiro — e o parcelamento das dívidas deve funcionar como uma estratégia para momentos complicados, não como uma opção sempre que o fundo do bolso parecer mais próximo. 

Contas, contas e mais contas

O segredo para evitar cair em situações como essa, para a especialista, é comprar o que conseguir à vista, apesar de o parcelado parecer mais atraente.

“Sempre que você parcela, vai ter custo. Se você tem dinheiro para pagar à vista, pague. Se a compra é importante e você não tem dinheiro, pense no custo disso. Dependendo dele, é melhor alongar a espera do que pagar o parcelamento. Sempre que você parcela, você tem o custo do dinheiro”, diz.

Para acabar o texto com outra referência da cultura popular, se a situação apertar muito, pense no lema do personagem Julius, pai da família na série “Todo Mundo Odeia o Chris”: “se você não comprar nada, o desconto é maior”.

Fonte: CNN Brasil

Só 14% dos pequenos negócios já conseguiram crédito na pandemia, diz Sebrae

Pesquisa do Sebrae diz que 58% das MPEs que pediram crédito nas últimas semanas já tiveram o pedido negado. Outros 18% estão em análise, sendo que 53% aguardam uma resposta dos bancos há mais de duas semanas

O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi sancionado nessa segunda-feira (18/05) pelo presidente Jair Bolsonaro para tentar resolver a principal queixa das micro e pequenas empresas brasileiras durante a pandemia do novo coronavírus. O Sebrae explica que, apesar de responder por 55% dos empregos formais do país, o setor vem tendo diversos pedidos de crédito negados desde o início da covid-19. E a maior parte dessas negativas veio dos bancos públicos até agora.

Pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) explica os impactos da crise da covid-19 no setor. Segundo o estudo, que ouviu mais de 10 mil pequenos empresários no início deste mês e foi divulgado nesta terça-feira (19/05), 59% dos 17,2 milhões dos pequenos empresários brasileiros vão precisar de crédito para conseguir manter seus negócios funcionando depois da covid-19. Isso porque 44% desses negócios precisaram fechar as portas diante das medidas de distanciamento social necessárias à prevenção do coronavírus e muitos dos que ainda estão funcionando registraram queda de receita mesmo tendo aperfeiçoado as estratégias digitais de atendimento. Por isso, o faturamento dos pequenos negócios caiu em média 60% nesse período.
Apesar disso e do fato de que a maior parte dos entrevistados pelo Sebrae (29%) precisar de menos de R$ 5 mil de crédito para manter sua empresa de pé, os pequenos negócios não estão tendo o mesmo sucesso das grandes empresas ao buscar capital de giro nos bancos brasileiros. Como mostrou o Correio, o setor recebeu apenas R$ 31 bilhões dos R$ 378 bilhões de crédito que foram liberados por novos financiamentos desde o início da pandemia no Brasil, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Sebrae explica que, dos 38% dos pequenos empresários que já buscaram crédito nesse período, só 14% tiveram o pedido aprovado pelas instituições financeiras. Dos outros 86%, 58% já tiveram o pedido negado e 18% estão em análise, sendo que 53% desse último grupo aguardam uma resposta dos bancos há mais de duas semanas.
O Sebrae ainda tentou entender o que levou esses 58% de empresários a terem seus pedidos de crédito negados e constatou que 15,5% não obtiveram o financiamento por falta de garantias ou avalistas, outros 5,8% não conseguiram aprovar o cadastro, 15,8% acharam a taxa de juros muito alta e 18,8% disseram não saber o motivo da recusa. Só 20,6% admitiram, portanto, que não conseguiram o financiamento porque já estavam negativadas no banco antes mesmo de ter o seu negócio afetado pelo coronavírus.
A pesquisa ainda constatou outro fator relevante nessa busca por crédito: apesar dos esforços do governo de atender o setor produtivo durante a pandemia do novo coronavírus e do convênio firmado pelo Sebrae com a Caixa Econômica Federal em abril com o intuito de oferecer crédito simples e barato às MPEse, os bancos públicos ainda são os responsáveis pela maior parte das negativas recebidas pelos microempresários. Segundo o estudo, 63% dos negócios que pediram crédito nas últimas semanas recorreram aos bancos públicos. Só 9% dos pedidos feitos a essas instituições, contudo, foram aprovados até agora.
“Analisando particularmente a procura de crédito junto aos agentes financeiros, a 3ª Pesquisa do Impacto do Coronavírus nos Pequenos Negócios mostrou que os mais demandados, desde o início da crise, foram os bancos públicos (63%), seguidos dos bancos privados (57%) e cooperativas de crédito (10%). Entretanto, avaliando a taxa de sucesso desses pedidos, o estudo do Sebrae mostrou que as cooperativas de crédito lideram na concessão de empréstimos (31%) e, na sequência, aparecem os bancos privados (12%) e os bancos públicos (9%)”, informou o Sebrae.
É por conta disso que, quando questionados sobre quais as medidas mais impactantes que o governo poderia fazer para compensar os efeitos do coronavírus no seu negócio, a maior parte dos microempresários ouvidos pelo Sebrae citou a questão do crédito. Segundo a pesquisa, 61,2% disseram que o governo poderia oferecer empréstimos sem juros; 48,3% pediram o aumento das linhas de crédito; 33,5% solicitaram a redução dos juros dos empréstimos e 29,6% a suspensão de dívidas.
Concomitante a isso e à aprovação do Pronampe, contudo, o Sebrae também vem trabalhando para tentar oferecer outras possibilidades de financiamento para o setor. A ideia é ampliar o número de bancos que oferecem crédito para as micro e pequenas empresas com a garantia do próprio Sebrae, através do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), já que a parceria firmada nesse sentido com a Caixa parece que ainda não engrenou.
Fonte: CB
Donos de pequenos negócios apontam melhoria do acesso ao crédito

Pesquisa realizada pelo Sebrae mostra que mais empresários buscaram empréstimos em 2019 e que houve melhora na avaliação do sistema financeiro

A melhora dos índices de confiança dos empresários brasileiros, identificada na Sondagem Conjuntural realizada pelo Sebrae, contribui para que os donos de pequenos negócios retomem o interesse em buscar financiamento para suas empresas junto ao sistema financeiro. Segundo o levantamento, após uma sequência de sucessivas quedas, houve – neste ano – um crescimento de 4 pontos percentuais na proporção de empresários que buscaram empréstimo ou financiamento novo (18%), em comparação com 2018 (14%). Em 2015, 24% dos donos de pequenos negócios ouvidos na pesquisa haviam buscado crédito nos bancos.

O levantamento do Sebrae revelou redução no percentual de empresários que apresentam algum tipo de aversão à tomada de empréstimos (não confia na política econômica, tem medo de não conseguir pagar ou não gosta de empréstimos). Em 2018, esses motivos representavam 32% das justificativas dos empresários que não buscaram crédito. Em 2019, esse volume caiu para 23%. Ainda de acordo com as empresas ouvidas pelo Sebrae, 63% dos empresários que buscaram obter um empréstimo novo, tiveram sucesso na tentativa. O levantamento também apontou aumento da proporção de empreendedores que afirmaram não ter encontrado dificuldade na obtenção do empréstimo em 2019 (31%), contra 29% em 2018, e 18% em 2017.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a melhora desses indicadores confirma a confiança dos donos de micro e pequenas empresas na recuperação da economia brasileira e na melhoria do ambiente de negócios, que tem sido objeto de esforços constantes do governo federal e do Sebrae. “Com a retomada do crescimento, as pequenas empresas, que foram as principais responsáveis pela manutenção do emprego no país ao longo da crise, se sentem mais seguras para buscar crédito e investir na ampliação de seus negócios. Além disso, não podemos nos esquecer que o brasileiro agora está mais livre para empreender, com a chegada da Lei da Liberdade Econômica. As novas regras deixam o ambiente menos burocrático e sem amarras, comenta Melles.

De acordo com o estudo do Sebrae, houve em 2019 melhora na avaliação do sistema bancário por parte dos donos de micro e pequenas empresas. A soma da avaliação “ruim” e “muito ruim” passou de 61% (2018) para 56% (2019). Quando questionados sobre o que poderia ser feito para facilitar a aquisição de novos empréstimos/financiamentos, a resposta mais apontada pelos empreendedores foi: “reduzir as altas taxas de juros pagas pelos tomadores”. O Capital de giro (52%), seguido da compra de máquinas/equipamentos ou reforma/ampliação do negócio (ambas com 35%) foram as principais finalidades dos empréstimos obtidos por donos de micro e pequenas empresas em 2019. O valor médio solicitado foi de R$ 32.780,00. Já o valor médio concedido foi de R$ 29.537,00.

Números da Pesquisa do Sebrae sobre Financiamento
• 18% das MPEs tentaram obter um empréstimo ou financiamento novo nos últimos 6 meses.
• A Empresa de Pequeno Porte foi o segmento que mais tentou empréstimo novo 25%, seguido de Microempresa (22%) e Microempreendedor Individual (11%).
• 50% não tentou obter empréstimo porque não precisou.
• 23% não tentou empréstimo por receio (não gosta de empréstimo 12%; não conseguiria pagar 6%; não confia na política econômica 5%).
• A aversão à tomada de empréstimo novo é maior entre os MEI (26%) e no ensino fundamental (29%).
• 63% dos que tentaram obter um empréstimo novo tiveram sucesso.
• 31% dos entrevistados disseram não ter encontrado dificuldade para obter empréstimo.
• O “capital de giro” é a finalidade mais demandada (52%), seguida de compra de máquinas e equipamentos (35%) e reforma/ampliação do negócio (35%).

Valor solicitado (média)
• MPE – 32.780
• MEI – 17.869
• ME – 37.405
• EPP – 48.270

Valor concedido (média)
• MPE – R$ 29.537
• MEI – R$ 12.316 – 69% do solicitado
• ME – R$ 32.716 – 87% do solicitado
• EPP – R$ 46.545 – 96% do solicitado

Caixa oferece taxas diferentes para incentivar empreendedorismo feminino

A Caixa lançou um pacote com taxas especiais para mulheres empreendedoras

Para celebrar o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, comemorado nesta terça-feira (dia 19), e também para incentivar mais mulheres à frente dos negócios, a Caixa Econômica Federal lançou um pacote de vantagens que abrange de taxas no capital de giro — modalidade de crédito destinada às microempreendedoras — até cartão de crédito com design especial e sem anuidade para mulheres. A ação prevê ainda educação financeira e capacitação profissional.

Segundo o presidente da instituição financeira, Pedro Guimarães, o público feminino já representa 52% dos clientes pessoa física da Caixa, e a estratégia reforça o posicionamento como banco de inclusão. A Caixa, ressaltou ele, também foi a primeira a contratar mulheres e a abrir conta para elas.

O que é oferecido

Estão reservados R$ 5 milhões para empresas com maioria societária feminina para a contratação de linha de capital de giro com recursos do PIS, cujas taxas são a partir de 0,83% ao mês.

Para o capital de giro com recursos Caixa, a taxa também foi reduzida e pode ser contratada a partir de 1,43% ao mês, com prazo máximo de pagamento de 24 meses, o que, segundo o banco, representa uma queda de 0,16% em relação às taxas praticadas no balcão.

Na categoria MEI, o crédito pode ser obtido com taxas de juros a partir de 1,99% ao mês, com até 24 meses para pagar, numa linha específica para esse segmento. Nessa modalidade, os valores máximos liberados são de R$ 5 mil (para as empreendedoras informais) e de R$ 10 mil. (para as microempresárias formalizadas). Os requisitos para acessar essas linhas são ter conta-corrente na instituição financeira e ter realizado uma capacitação negocial reconhecida pelo banco.

Os seguros já contam com condições exclusivas para as mulheres: a cliente que adquirir uma Previdência Mulher poderá fazer check-up anual com ginecologista credenciado e garantir R$ 50 mil extras em caso de gravidez de gêmeos ou trigêmeos para gestação concebida naturalmente, com carência de 280 dias.

No Seguro Auto Mulher, é possível contratar uma cobertura veicular com isenção da franquia para o primeiro sinistro, além de outros atrativos, como troca de pneus, auxílio mecânico e reboque ilimitados, e também serviço de motorista sete vezes ao ano para a condutora.

Seguro Vida Mulher oferece isenção de pagamento em caso de diagnóstico de câncer feminino ou desemprego, orientação nutricional e descontos em farmácia.

O perigo da dívida do FGTS no eSocial

Caso você ainda não tenha ciência, o governo federal recentemente expediu uma lei proibindo o crédito a empresas devedoras do FGTS.

E se você está em débito com o FGTS, todo o cuidado é pouco: notificação, multa e autuação podem bater na sua porta.

A Lei nº 13.805/19 prevê que instituições de crédito públicas e privadas não podem mais conceder empréstimos, financiamentos ou outros benefícios – inclusive dispensa do pagamento de juros, multas e correção monetária – que envolvam recursos públicos para empresas inadimplentes com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) . Essa regra só não será aplicável se a concessão de crédito for destinada a quitar débitos com o próprio FGTS.

Ou seja, quem está com débitos em aberto não poderá mais recorrer a financiamentos e corre o sério risco de comprometer a liquidez financeira da empresa, sem contar o rombo no fluxo de caixa.

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Projeto prevê juros menores para micro e pequenas empresas

A proposta, em tramitação na Câmara, estabelece ainda a criação da Empresa Simples de Crédito.

Aumentar a oferta e reduzir o custo do crédito para os pequenos negócios.  Esse será um dos principais objetivos do Projeto de Lei Complementar (PLP) 341/2017, que foi apresentado nesta quarta-feira, 12/04 pela Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas.

O texto aguarda a liberação da presidência da Câmara dos Deputados para começar a ser discutido em Comissão Especial.

“Iniciamos o ano de 2017 com a apresentação de uma nova fase da lei. Essa alteração terá como foco principal a reforma do sistema financeiro, que se deslocou totalmente da realidade do nosso país”, afirmou Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.

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Governo vai liberar R$ 8,2 bi para pequenos empresários nos próximos dois anos

O governo federal vai disponibilizar R$ 8,2 bilhões em crédito para pequenos empresários nos próximos dois anos. Os recursos liberados são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo é reduzir a inadimplência das empresas de menor porte e estimular a geração de empregos.

As medidas foram anunciadas hoje (18) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), durante o lançamento do programa Empreender Mais Simples: menos burocracia, mais crédito. Por meio de convênio firmado com o Banco do Brasil e a Receita Federal, o Sebrae investirá R$ 200 milhões em sistemas para simplificar o processo de gestão do pequeno empreendedor.

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