Uso da internet no Brasil cresce, e chega a 81% da população, diz pesquisa
Edição de 2020 da TIC Domicílios indica que acesso à internet aumentou principalmente em domicílios das classes C e D/E. No entanto, os níveis de conectividade desse grupo ainda são bem inferiores aos das classes A e B.
O uso da internet no Brasil cresceu em 2020, passando de 74% para 81% da população, o que representa 152 milhões de pessoas.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (18) pela pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Segundo o levantamento, a maior alta foi registrada por usuários na área rural. O uso de internet neste grupo cresceu de 53%, em 2019, para 70%, em 2020. Na área urbana, o índice passou de 77% para 83%.
A pesquisa apontou que o grupo de domicílios no Brasil com acesso à internet subiu de 71% para 83%. A diferença para a quantidade de usuários existe porque alguns moradores de uma residência podem ter internet, mas não acessá-la.
O acesso à internet foi ampliado principalmente nos domicílios das classes C e D/E. Na classe C, a proporção de domicílios com internet subiu de 80%, em 2019, para 91%. Nas classes D/E, o índice passou de 50% para 64%.
Apesar disso, estes grupos ainda tem níveis de conectividade menores que os da classe A e B, em que 100% e 99% dos domicílios têm acesso à internet, respectivamente.
Em 2015, a diferença no acesso à internet entre domicílios da classes A e D/E era de 83 pontos percentuais. Em 2020, a distância caiu para 36 pontos percentuais.
Onde a internet é acessada
A edição de 2020 da TIC Domicílios também indica um crescimento do uso da internet por meio de smart TVs.
Em 2019, esses dispositivos eram usados por 37% dos brasileiros. Em 2020, o índice subiu para 44%, superando o acesso pelo computador, que permaneceu em 42%.
O celular continua como principal dispositivo usado para acessar a internet. Por mais um ano, o aparelho foi usado por 99% dos usuários.
O que os brasileiros acessam
O Cetic.br aponta que, com a pandemia, atividades como estudos e transações financeiras migraram para a internet.
De acordo com a pesquisa, o grupo de brasileiros que realizou cursos à distância subiu de 12%, em 2019, para 21%, em 2020.
O levantamento indica ainda crescimento nos grupos de pessoas que realizaram atividades ou pesquisas escolares (de 41% para 45%) e que estudaram na internet por conta própria (de 40% para 44%).
As atividades de trabalho pela internet, que, em 2019, foram realizadas por 33% dos brasileiros, também se tornaram mais comuns. Em 2020, o índice de pessoas que permaneceu online para trabalhar foi de 38%.
O grupo de brasileiros que fez consultas, pagamentos ou outras transações financeiras pelo celular subiu de 33% para 43%.
Fonte: G1